terça-feira, 22 de novembro de 2011

BORDAS PEDAGÓGICAS!

OI AMIGAS, AQUI ESTÃO ALGUMAS SUGESTÕES DE BORDAS PEDAGÓGICAS PARA VOCÊS USAREM EM BILHETES, MENSAGENS, RECADINHOS EM FIM ONDE A CRIATIVIDADE MANDAR. SÃO SUGESTÕES DO BLOG ESPAÇO PEDAGOGICO.

















sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Conheça os Métodos de Alabetização...


O melhor método para a alfabetização é um discussão antiga entre os especialistas no assunto e também entre os pais quando vão escolher um escola para seus filhos começaram a ler as primeiras palavras e frases. No caso brasileiro, com os elevados índices de analfabetismo e os graves problemas estruturais na rede pública de ensino, especialistas debatem qual seria o melhor método para revolucionar, ou pelo menos, melhorar a educação brasileira. Ao longo das décadas, houve uma mudança da forma de pensar a educação, que passou de ser vista da perspectiva de como o aluno aprende e não como o professor ensina.

São muitas as formas de alfabetizar e cada uma delas destaca um aspecto no aprendizado. Desde o método fônico, adotado na maioria dos países do mundo, que faz associação entre as letras e sons, passando pelo método da linguagem total, que não utiliza cartilhas, e o alfabético, que trabalha com o soletramento, todos contribuem, de uma forma ou de outra, para o processo de alfabetização.


­Qual é o melhor método?
Neste artigo, você vai conhecer os métodos de alfabetização mais utilizados, como funcionam, quais são as vantagens e desvantagens de cada um deles, além da orientação dos Parâmetros Curriculares Nacionais da Língua Portuguesa, adotados pelo governo federal.
A proposta deste artigo não é apontar o melhor método de alfabetização, até porque os educadores e especialistas não têm um consenso sobre o tema. Pretendemos apenas mostrar as características de cada método para que os pais conheçam mais profundamente o método que está sendo aplicado na educação de seus filhos.
• Método Sintético
O método sintético estabelece uma correspondência entre o som e a grafia, entre o oral e o escrito, através do aprendizado por letra por letra, ou sílaba por sílaba e palavra por palavra.
Os métodos sintéticos podem ser divididos em três tipos: o alfabético, o fônico e o silábico. No alfabético, o estudante aprende inicialmente as letras, depois forma as sílabas juntando as consoantes com as vogais, para, depois, formar as palavras que constroem o texto.
No fônico, também conhecido como fonético, o aluno parte do som das letras, unindo o som da consoante com o som da vogal, pronunciando a sílaba formada. Já no silábico, ou silabação, o estudante aprende primeiro as sílabas para formar as palavras.
Por este método, a aprendizagem é feita primeiro através de uma leitura mecânica do texto, através da decifração das palavras, vindo posteriormente a sua leitura com compreensão.
Neste método, as cartilhas são utilizadas para orientar os alunos e professores no aprendizado, apresentando um fonema e seu grafema correspondente por vez, evitando confusões auditivas e visuais.
Como este aprendizado é feito de forma mecânica, através da repetição, o método sintético é tido pelos críticos como mais cansativo e enfadonho para as crianças, pois é baseado apenas na repetição e é fora da realidade da criança, que não cria nada, apenas age sem autonomia.
• Método Analítico
O método analítico, também conhecido como “método olhar-e-dizer”, defende que a leitura é um ato global e audiovisual. Partindo deste princípio, os seguidores do método começam a trabalhar a partir de unidades completas de linguagem para depois dividi-las em partes menores. Por exemplo, a criança parte da frase para extrair as palavras e, depois, dividi-las em unidades mais simples, as sílabas.
Este método pode ser divido em palavração, setenciação ou global. Na palavração, como o próprio nome diz, parte-se da palavra. Primeiro, existe o contato com os vocábulos em uma sequência que engloba todos os sons da língua e, depois da aquisição de um certo número de palavras, inicia-se a formação das frases.
Na setenciação, a unidade inicial do aprendizado é a frase, que é depois dividida em palavras, de onde são extraídos os elementos mais simples: as sílabas. Já no global, também conhecido como conto e estória, o método é composto por várias unidades de leitura que têm começo, meio e fim, sendo ligadas por frases com sentido para formar um enredo de interesse da criança. Os críticos deste método dizem que a criança não aprende a ler, apenas decora.
• Método Alfabético
Um dos mais antigos sistemas de alfabetização, o método alfabético, também conhecido como soletração, tem como princípio de que a leitura parte da decoração oral das letras do alfabeto, depois, todas as suas combinações silábicas e, em seguida, as palavras. A partir daí, a criança começa a ler sentenças curtas e vai evoluindo até conhecer histórias.
Por este processo, a criança vai soletrando as sílabas até decodificar a palavra. Por exemplo, a palavra casa soletra-se assim c, a, ca, s, a, sa, casa. O método Alfabético permite a utilização de cartilhas.
As principais críticas a este método estão relacionadas à repetição dos exercícios, o que o tornaria tedioso para as crianças, além de não respeitar os conhecimentos adquiridos pelos alunos antes de eles ingressarem na escola.
O método alfabético, apesar de não ser o indicado pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, ainda é muito utilizado em diversas cidades do interior do Nordeste e Norte do país, já que é mais simples de ser aplicado por professores leigos, através da repetição das Cartas de ABC, e na alfabetização doméstica.

• Método Fônico
O método fônico consiste no aprendizado através da associação entre fonemas e grafemas, ou seja, sons e letras. Esse método de ensino permite primeiro descobrir o princípio alfabético e, progressivamente, dominar o conhecimento ortográfico próprio de sua língua, através de textos produzidos especificamente para este fim.
O método é baseado no ensino do código alfabético de forma dinâmica, ou seja, as relações entre sons e letras devem ser feitas através do planejamento de atividades lúdicas para levar as crianças a aprender a codificar a fala em escrita e a decodificar a escrita no fluxo da fala e do pensamento.
O método fônico nasceu como uma crítica ao método da soletração ou alfabético. Primeiro são ensinadas as formas e os sons das vogais. Depois são ensinadas as consoantes, sendo, aos poucos, estabelecidas relações mais complexas. Cada letra é aprendida como um fonema que, juntamente com outro, forma sílabas e palavras. São ensinadas primeiro as sílabas mais simples e depois as mais complexas.
Visando aproximar os alunos de algum significado é que foram criadas variações do método fônico. O que difere uma modalidade da outra é a maneira de apresentar os sons: seja a partir de uma palavra significativa, de uma palavra vinculada à imagem e som, de um personagem associado a um fonema, de uma onomatopéia ou de uma história para dar sentido à apresentação dos fonemas. Um exemplo deste método é o professor que escreve uma letra no quadro e apresenta imagens de objetos que comecem com esta letra. Em seguida, escreve várias palavras no quadro e pede para os alunos apontarem a letra inicialmente apresentada. A partir do conhecimento já adquirido, o aluno pode apresentar outras palavras com esta letra.
Os especialistas dizem que este método alfabetiza crianças, em média, no período de quatro a seis meses. Este é o método mais recomendado nas diretrizes curriculares dos países desenvolvidos que utilizam a linguagem alfabética.
A maior crítica a este método é que não serve para trabalhar com as muitas exceções da língua portuguesa. Por exemplo, como explicar que cassa e caça têm a mesma pronúncia e se escrevem de maneira diferente?





Os parâmetros nacionais e o método construtivista
Os Parâmetros Curriculares Nacionais, também conhecido como PCN´s, são uma espécie de manual para as escolas sobre como deveria ser a orientação para o ensino, de acordo com o Ministério da Educação. Criado em 1998, este documento tem como função orientar e garantir a coerência dos investimentos no sistema educacional, socializando discussões, pesquisas e recomendações, subsidiando a participação de técnicos e professores brasileiros, principalmente daqueles que se encontram mais isolados, com menor contato com a produção pedagógica atual.
Os PCNs propõem um currículo baseado no domínio das competências básicas e que esteja em consonância com os diversos contextos de vida dos alunos. "Mais do que reproduzir dados, denominar classificações ou identificar símbolos, estar formado para a vida, num mundo como o atual, de tão rápidas transformações e de tão difíceis contradições, significa saber se informar, se comunicar, argumentar, compreender e agir, enfrentar problemas de qualquer natureza, participar socialmente, de forma prática e solidária, ser capaz de elaborar críticas ou propostas e, especialmente, adquirir uma atitude de permanente aprendizado", diz o documento.
Os PCN´s foram estabelecidos a partir de uma série de encontros, reuniões e de discussão realizados por especialistas e educadores de todo o país, de acordo com as diretrizes gerais estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases. Segundo o MEC, estes documentos foram feitos para ajudar o professor na execução de seu trabalho, servindo de estímulo e apoio à reflexão sobre a sua prática diária, ao planejamento das aulas e, sobretudo, ao desenvolvimento do currículo da escola, formando jovens brasileiros para enfrentar a vida adulta com mais segurança.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais defendem a linha construtivista como método de alfabetização. Surgida na década de 80, a partir de estudiosas da área como Ana Teberowsky e Emília Ferreiro, esta linha defende que a escola deve valorizar o conhecimento que a criança tem antes de ingressar no estabelecimento. A sua ênfase é na leitura e na língua escrita.
Os construtivistas são contra a elaboração de um material único para ser aplicado a todas as crianças, como as cartilhas, e rejeitam a prioridade do processo fônico. Por este método, as escolas, durante o processo de alfabetização, devem utilizar textos que estejam próximos do universo da criança.
Os defensores do método fônico culpam o construtivismo, base dos Parâmetros Curriculares Nacionais, pelos problemas de alfabetização no Brasil. Segundo os críticos, a concepção construtivista, em muitos casos, ignora que os estudantes de classe baixa, vindos de famílias menos letradas, trazem de casa uma bagagem cultural muito pequena, dificultando a sua adaptação a este método.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

SUGESTÕES DE LEITURA PARA EDUCAÇÃO INFANTIL... MUITO BOA!!!


PRÁTICAS DE LEITURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
É IMPORTANTE QUE AS CRIANÇAS...
n  tenham múltiplas oportunidades de entrar em contato com materiais escritos diversos – contos, notícias, cartas, informações de enciclopédia, biografias, cartazes, etc. – de explorá-los, selecioná-los e lê-los (com a ajuda da professora) em função de propósitos que sejam relevantes para elas;
n  façam parte de uma comunidade de leitores na qual conheçam e compartilhem os propósitos de cada texto lido e se recorra cotidianamente a esses textos para informar-se, para entreter-se, para compartilhar notícias e a intriga produzida por um conto de suspense ou a emoção suscitada por um poema, para encontrar dados ou instruções que permitam resolver problemas práticos, como orientações para um jogo ou brincadeira;
n  participem frequentemente de situações típicas do intercâmbio entre leitores – que lhes permitam pôr em jogo e apropriar-se progressivamente de aspectos fundamentais da tarefa de leitor, tais como: ler para outros de forma cada vez mais comunicativa, contar ou explicar o que leram a pessoas interessadas em conhecer, comentar com outros os textos lidos e recomendar (ou não) sua leitura, opinar sobre o que foi lido e confrontar as próprias opiniões com as de outros leitores que leram os mesmos livros, notícia ou artigo;
n  sejam convocadas a participar como leitores em uma gama suficientemente ampla de situações de leitura para adquirir e pôr em ação conhecimentos sobre a linguagem escrita que lhes permitam fazer antecipações cada vez mais ajustadas para cada tipo de texto e utilizar, com crescente eficácia, índices textuais para confirmá-las ou desprezá-las;
n  estejam imersas em um ambiente cooperativo que lhes permite enfrentar sem temor a leitura de textos, com a segurança de que o erro está previsto e permitido porque faz parte da aprendizagem, com a convicção de que contam com a colaboração da professora e de seus colegas;
n  disponham do tempo necessário para ler por si próprias, realizando suas possibilidades e produzindo estratégias para resolver os problemas que lhes são apresentados, de tal modo que possam conquistar uma crescente autonomia como leitores;
n  estejam explicitamente autorizadas a controlar por si próprios a coerência e o sentido que vão construindo para o texto lido, ao invés de depender exclusivamente da explicação da professora, prestando atenção às pistas que o texto contém para confirmar (ou não) a interpretação que elaboram;
n  tenham direito de elaborar interpretações próprias sobre os textos lidos, de pô-las a prova, confrontando- as com as de outros e recorrendo à professora para obter informações sobre o tema, o autor, o texto ou qualquer outro aspecto relevante – que contribuam para validar ou desprezar as interpretações formuladas;
n  estejam envolvidas em situações que lhes habilitem progressivamente a assumir uma posição crítica e sensível sobre os textos lidos, revelando outras idéias possíveis e apreciando a qualidade estética das obras lidas;
n  sejam incorporadas como membros plenos – com os direitos e responsabilidades que isso implica – a uma rede de leitores cada vez mais ampla, com a programação de ações coordenadas entre a biblioteca da instituição e a sala de aula; entre as diferentes salas e entre a instituição e os pais (com empréstimos de livros).




n  PRÁTICAS DE ESCRITA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
É IMPORTANTE QUE AS CRIANÇAS...
n  tenham oportunidade de escrever textos múltiplos e variados, dirigidos a destinatários diversos e em função de propósitos significativos para eles;
n  façam parte de uma coletividade de escritores no âmbito do qual possam realizar suas próprias possibilidades como produtores de textos, contar com a colaboração dos colegas, consultar a professora para tudo aquilo que não possam resolver por si próprias, recorrer a todas as fontes de informações necessárias para encontrar respostas para suas questões, resolver dúvidas ou superar contradições;
n  conheçam e compartilhem os propósitos que aspiram através da produção de cada texto, de tal modo que possam levá-los em conta ao escrever (mesmo que de forma não convencional) e que levem em consideração os efeitos que aspiram produzir no destinatário;
n  participem como produtoras de textos no âmbito de situações comunicativas suficientemente diferentes para descobrir a necessidade de adequar o registro lingüístico e de intensificar, em maior ou menor medida, a revisão de sua própria produção em função do grau de formalidade ou informalidade da situação;
n  sejam convocadas a ler e escrever textos diversos com a freqüência e a intensidade necessárias para que conheçam cada vez melhor a estrutura dos gêneros trabalhados e possam diferenciar progressivamente a linguagem que se escreve;
n  estejam imersas em um ambiente de produção cooperativa que lhes permita produzir escritas e submeter, sem temores, essas escritas à consideração de seus colegas e da professora;
n  tenham direito a contribuir com seus conhecimentos lingüísticos, suas dúvidas ou questões, a debatê-los com seus colegas e formular novas conceituações no âmbito das situações de sistematização propostas pela professora para construir regras ou regularidades;
n  sejam convocadas a comprometerem-se em atividades de escrita através das quais se envolvam em situações que transcendam as paredes da sala de aula ou da escola: campanhas publicitárias na comunidade, cartas de leitores que expressam sua opinião sobre problemas que lhes preocupam, artigos para o jornal do bairro, correspondência interescolar, requerimentos para diversas instituições para cobrar necessidades ou aspirações da escola.
(Texto de Amália Simonetti incluindo alguns pontos abordados na Proposta Curricular da Argentina)

quarta-feira, 20 de julho de 2011

sexta-feira, 11 de março de 2011

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2011.

E.E.I.E.F PATRONATO DONA LINDÓIA
 ‘Educando com Fé e Amor”

Campanha da   Fraternidade    2011
 

Tema: Fraternidade e a vida no planeta
Lema: A criação geme em dores de parto (Rm 8,22)

Hino da CF 2011

 
Tema: Fraternidade e a vida no planeta
Lema: A criação geme em dores de parto (Rm 8,22)
1. Olha, meu povo, este planeta terra:
Das criaturas todas, a mais linda!
Eu a plasmei com todo amor materno,
Pra ser um berço de aconchego e vida. (Gn 1)
Nossa mãe terra, Senhor,
Geme de dor noite e dia.
Será de parto essa dor?
Ou simplesmente agonia?!
Vai depender só de nós!
Vai depender só de nós!
2. A terra é mãe, é criatura viva;
Também respira, se alimenta e sofre.
É de respeito que ela mais precisa!
Sem teu cuidado ela agoniza e morre.
3. Vê, nesta terra, os teus irmãos. São tantos...
Que a fome mata e a miséria humilha.
Eu sonho ver um mundo mais humano,
Sem tanto lucro e muito mais partilha!
4. Olha as florestas: pulmão verde e forte!
Sente esse ar que te entreguei tão puro...
Agora, gases disseminam morte;
O aquecimento queima o teu futuro.
5. Contempla os rios que agonizam tristes.
Não te incomoda poluir assim?!
Vê: tanta espécie já não mais existe!
Por mais cuidado implora esse jardim!
6. A humanidade anseia nova terra. (2Pd 3,13)
De dores geme toda a criação. (Rm 8,22)
Transforma em Páscoa as dores dessa espera,
Quero essa terra em plena gestação!

 


Mucambo -2011

terça-feira, 8 de março de 2011

Dislalia...

Encontrei no blog "Espaço Educar" esse texto sobre Dislalia. ÓTIMO....

Dislalia é a má formação da articulação de fonemas, dos sons da fala. Não é um problema de ordem neurológica, mas de ordem funcional, referente à forma como estes sons são emitidos”, explica a fonoaudióloga Rosane Paiva. Segundo ela, este som alterado pode se manifestar de diversas formas, havendo distorções, sons muito próximos mas diferentes do real ; omissão, ato em que se deixa de pronunciar algum fonema da palavra; transposições na ordem de apresentação dos fonemas (dizer mánica em vez de máquina, por exemplo); e, por fim, acréscimos de sons. Estas alterações mais comuns caracterizam uma dislalia.
Rosane explica que a dislalia pode ser fonética, quando o problema se apresenta somente na alteração constante de fonemas mas a criança conhece o significado da palavra, ou fonológica, quando a criança simplesmente não ordena de modo estável os sons de sua fala. Para evitar tais problemas,a Fonoaudiologia deve ser também preventiva:
A maioria das pessoas ainda não tem o hábito de fazer uma avaliação fonoaudiológica preventiva, nos primeiros anos de vida, como ocorre no que diz respeito à Pediatria. Mas eu penso que se deve estar atento também à saúde da voz, da fala e da audição, e acompanhar este desenvolvimento, principalmente quando se pretende expor a criança a uma aprendizagem formal, na idade certa”- diz Rosane.
Muitos fatores, segundo a fonoaudióloga, podem influir para que dislalias venham a surgir: “crianças que usam a chupeta por muito tempo, ou que mamam na mamadeira por tempo prolongado, ou mesmo aquelas que mamam pouco tempo no peito terminam por alterar as funções de mastigação, respiração e amamentação. Estas crianças podem apresentar um quadro de dislalia”- explica. E ressalta que, embora não se possa dizer que haja uma relação direta, é inegável que tais crianças acabem apresentando flacidez muscular e postura de língua indevida, o que pode ocasionar dislalia. Sendo assim, a dislalia pode ser prevenida por mães bem orientadas durante a amamentação e o pré-natal.
O tratamento da dislalia varia de acordo com a necessidade de cada criança. Em primeiro lugar, é feita uma avaliação após um contato com a família, e faz-se um levantamento histórico da criança para, só depois, iniciar o trabalho com a percepção dos sons que ela não executa. Rosane explica que existem crianças que têm dificuldade de perceber auditivamente os sons. O fonoaudiólogo deve, então, usar recursos corporais e visuais para chegar ao seu objetivo. Outras crianças apresentam línguas hipotônicas (flácidas), o que às vezes chega a ocasionar alterações na arcada dentária. Ou ainda, mostram falhas na pronúncia de certos fonemas devido a postura e respiração deficientes. “Para cada criança, tem-se um procedimento diferente, mas, em geral, o fonoaudiólogo atua, na terapia, sobre a falha e a dificuldade, usando, de preferência, meios lúdicos para ampliar a possibilidade de utilização dos sons, até que a criança se sinta segura”- explica.
Recadinho para os Professores
-Repetir somente a palavra correta para que a criança não fixe a forma errada que acabou de pronunciar.
- É importante que o professor articule bem as palavras, fazendo com que as crianças percebam claramente todos os fonemas.
Assim que perceber alterações na fala de um aluno, o professor deve evitar criar constrangimentos em sala de aula ou chamar a atenção para o fato. O recomendável é que não se espere muito tempo para avisar a família e procurar um fonoaudiólogo.
- Uma criança que falta às aulas regularmente por problemas de audição, como otites freqüentes, requer maior atenção.
- Os professores devem ser bem -orientados em relação a estes fatores e , para isto, é preciso que haja interação entre eles e os fonoaudiólogos.
- O ato da fala é um ato motor elaborado e, portanto, os professores devem trocar informações com os educadores esportivos e professores de Educação Física, que normalmente observam o desenvolvimento psicomotor das crianças.
- O ideal é que a criança faça uma avaliação fonoaudiológica antes de iniciar a alfabetização, além de exames auditivos e oftalmológicos.
O Jogo do Jardim Zoológico
Michele Adum utiliza bastante uma brincadeira muito comum no universo infantil: o joguinho dos bichos. “Desenvolvo muitas áreas incentivando a criança a ‘montar’ o seu Jardim Zoológico, com bichinhos de plástico e cercados - diz ela. E explica que é possível trabalhar a área afetiva, por exemplo, quando a criança coloca lado a lado os membros de uma ‘família’: touro, vaca e bezerros”.
Segundo ela, é possível trabalhar também níveis de classificação, já que “a criança separa os bichos por tamanho, classes, espécies, cores”. Ou ainda, a coordenação motora - a própria criança monta os cercados e encaixa as cerquinhas - e a organização do pensamento. Até a Matemática é enfocada, pois, com base na classificação, Michele pode abordar conceitos de união, interseção, conter e estar contido. “O Jardim Zoológico é uma excelente ferramenta de avaliação e terapia”, diz ela. A utilização de todo jogo, no entanto, é controlada e sistemática, visando a atingir um objetivo específico.
Fonte: Jornal Educar Saúde APPAI
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Quando a dislalia começa

Quando uma criança menor de 4 anos apresenta erros na pronúncia, é considerado como normal, uma etapa no desenvolvimento da linguagem infantil. Nessa etapa, não se aplica tratamentos, já que sua fala está em fase de maturação. No entanto, se os erros na fala se mantém depois dos 4 anos, deve-se consultar um especialista em audição e linguagem, um fonoaudiólogo, por exemplo.

Tipos de dislalia

A dislalia é muito variada. Existem dislalias orgânicas, audiógenas, ou funcionais.
A dislalia funcional é a mais frequente e se caracteriza incorretamente o ponto e modo de articulação do fonema.
A dislalia orgânica faz com que a criança tenha dificuldades para articular determinados fonemas por problemas orgânicos. Quando apresentam alterações nos neurônios cerebrais, ou alguma má formação ou anomalias nos órgãos da fala.
A dislalia audiógena se caracteriza por dificuldades por problemas auditivos. A criança se sente incapaz de pronunciar corretamente os fonemas porque não ouvem bem. Em alguns casos, é necessário que as crianças utilizem próteses.
Uma recomendação fundamental para impedir o desenvolvimento da dislalia é para que os pais e familiares do dislálico não fiquem achando engraçadinho quando a criança pronuncia palavras de maneira errada, como “Tota-Tola”, ao invés de “Coca-Cola”.
TRABALHO COM FICHAS....




As fichas ou cartelas ilustradas têm inúmeras aplicações. Com elas, o professor pode trabalhar a linguagem e a pronúncia das palavras de forma interessante e lúdica. Estas atividades podem auxiliar alunos com dislalia, gagueira, assim como incentivar uma pronúncia correta, enriquecer o vocabulário da turma, a imaginação, criatividade etc. Abaixo, algumas sugestões de atividades com as fichas ilustradas:
  • Sentados em círculo, o professor mostra uma ficha e pede que pronunciem o nome do desenho mostrado. Numa conversa informal, incentiva a pronúncia correta, sem intimidar quem errou, apenas repetindo da forma certa a pronúncia.
  • Sentados em círculo, fichas ilustradas embaralhadas no centro, o professor pede que cada um retire uma carta e não mostre aos colegas. Em seguida, um a um, devem fazer a mímica dos desenhos ou ilustrações que pegaram e os demais tentarão adivinhar. Ou seja, sem perceber, a criança estará pronunciando vários nomes e palavras, na tentativa da adivinhação. O professor deve ficar atento e incentivar a pronúncia correta dos nomes;
  • Sentados em círculo, cada um apanha uma carta. Uma criança começará uma história a partir da carta que pegou e os demais devem continuar a história, sempre incluindo o nome do desenho ou ilustração que está em seu poder. Por exemplo: Augusto pega a carta de um cachorro: "Era uma vez um cachorro". se Augusto pronunciar "tachorro", deve ser incentivado a pronunciar novamente, sem no entando, desejar resultados imediatos. É preciso ir com paciência para não causar constrangimento e apelidos. Paulo dará continuidade: "Era uma vez um cachorro e ele encontrou um gatinho...". Assim sucessivamente, cada qual deve acrescentar algum novo fato à história, até que tenham um final. Em classes cuja faixa etária permita, pode ser feito o registro do texto por parte dos alunos.

segunda-feira, 7 de março de 2011

DISLEXIA...

Encontrei esse texto maravilhoso no blog de uma professora de AEE.
A Dislexia no Contexto da Aprendizagem

Autora: Flávia Sayegh

Resumo
A dislexia acompanha a pessoa no dia-a-dia em sua aprendizagem. Não é uma dificuldade em compreender os conteúdos de aula, o que seria resolvido com aulas particulares, um reforço em algo dificultoso para o aluno. É um distúrbio, e como tal segue a criança e adolescente em sua aprendizagem. O que ocorre, é que pode acontecer da equipe de saúde fornecer o diagnóstico, e muitas vezes não conseguir fazer o acompanhamento. Algo que poderia ser terapeuticamente melhorado acaba por tornar o diagnóstico erroneamente taxativo ao paciente. A família acaba por perder-se e não saber lidar com a situação, colocada em suas mãos. A família chega a procurar profissionais e dizer que o filho tem dislexia, e que é por isso que não se comporta bem em casa. Uma razão seria um mau comportamento, e outra, a dificuldade no progresso escolar, devido à dislexia.

1. Introdução
O que foi percebido é que os estudantes cometem erros diferentes, o que nos faz pensar em diferentes tipos de dislexia, comparadas com as crianças normais. Como exemplo aos leigos, uma criança sem o diagnóstico de dislexia lê páginas e páginas sem cometer erro de leitura, visto que a criança com dislexia troca as sílabas por outras, lê com omissões de palavras e até prende-se em determinado ponto do livro, sem conseguir ir além.
Segundo Eleanor Boder (1973) and Nunes. T e cols (2000), foi percebido erros distintos. A autora classificou as crianças disléxicas em três grupos. O grupo dos difonéticos, que apresentam dificuldade na fonologia das palavras, com dificuldade em usar as correspondências entre letra e som na leitura e na escrita. Ou seja, ocorre discrepância em relação entre o que está escrito e o que é lido. Ao invés de ler nato, pode-se dizer mato.
O segundo grupo de crianças são as diseidéticas, são crianças que não cometem erros entre o que é lido, e o que é pronunciado, são crianças com dificuldade visual, com pouco reconhecimento global das palavras. Acontece mais na leitura da língua americana, com dificuldade em fazer a correspondência entre letra e som, como por exemplo: ought, one ou laugh.
O terceito grupo, são as dislexias adquiridas por remoção de tumor cerebral ou acidentes.
Segundo Nunes. T (2000) e cols, as crianças disléxicas possuem compreensão gramatical fraca, com difilculdades em utilizar essas regras na leitura.
Comentando Nunes.T e cols (2000), esse argumento não pode ser utilizado no diagnóstico, porque qualquer criança que não recebe uma aprendizagem gramatical, pode também não compreendê-la. O que ocorre é a dificuldade em fazer a correspondência entre o que está escrito e o que é lido. A criança disléxica chega ao estágio alfabético, com erros por trocas, omissão e esquecimento de letras, com maior freqüência do que as outras crianças.
Segundo Moraes.(1997), às crianças disléxicas possuem um nível intelectual normal ou acima da média, apesar de suas dificuldades de leitura e escrita.
Segundo Johnson e Myklebust (1983) apud Moraes (1997), a dislexia não é encontrada de forma isolada, e sim associada a outros distúrbios.
O que pode ocorrer é que a criança e o adolescente tenham sintomas isolados de dificuldade que não caracterize a dislexia ou um conjunto de fatores que possamos compreender mais sobre ela.
Por isso Johson e Myklebust (1983) apud Moraes (1997), comenta dos distúrbios de memória que podem surgir a curto prazo, ou a longo prazo.
Por exemplo, o paciente pode ter dificuldade para recordar o que aconteceu num momento anterior (curto prazo) ou o que aconteceu a longo prazo (vários dias). Uma pessoa que lembra com detalhes vários fatos ocorridos a curto e a longo prazo, não apresentaria um distúrbio de memória. Por isso, é importante um trabalho lingüístico com crianças. Com uma proposta de fazê-la recordar o que fez no final de semana.
Por isso Johson e Myklebust (1983) apud Moraes (1997), crianças com problemas de memória auditiva são incapazes de recordar os sons das letras ou relacionar os diferentes sons para formar palavras. E no nível visual, caracterizam-se pelos problemas em relacionar os sons que escutam ou palavras que são constituídas mentalmente, junto as suas grafias próprias.
Segundo Johson e Myklebust (1983) apud Moraes (1997), apresentam desorientação temporal, com dificuldades em saber as horas, saber os dias da semana, os meses do ano.
O que poderia ajudar, na orientação psicológica, é o treino ao ver as horas no relógio de ponteiro e até a troca de um relógio analógico por um digital e uma agenda para que a criança não se sinta perdida nas realizações das atividades.
As crianças com dislexia apresentam dificuldade com seqüência, como espacial e temporal, por isso suas frases podem perder o significado e o sentido. Muitas vezes, perdem-se no tempo, trocando os dias da semana, o mês do ano ou esquecem o dia em que estão.
Segundo Johson e Myklebust (1983) apud Moraes (1997), o problema principal seria a escrita e a soletração, porque a criança com dificuldades na leitura , é incapaz de escrever, porque esse é um processo posterior a leitura.
Segundo Johson e Myklebust (1983) apud Moraes (1997), o distúrbio topográfico, seria a dificuldade da criança ler e se situar em gráficos, globos e mapas. E o distúrbio no padrão motor seria a dificuldade de correr, manter o equilíbrio numa perna só, saltar.

Sintomas:
Segundo Lanhez. M. E Nico. M (2002), os sintomas da dislexia são: desempenho inconstante, lentidão nas tarefas de leitura e escrita, dificuldades com soletração, escrita incorreta, com trocas, omissões, junções e aglutinação de fonemas, dificuldade em associar o som ao símbolo, dificuldade com a rima, dificuldade em associações, como por exemplo, associar os rótulos aos seus produtos. Além de dificuldade para organização seqüencial, como tabuada, meses do ano. Dificuldade em nomear tarefas e objetos. Dificuldade em organizar-se com o tempo (hora), no espaço (antes e depois) e direção (direita e esquerda). Dificuldade em memorizar números de telefone, em organizar tarefas, em fazer cálculos mentais, desconforto em tomar notas e relutância para escrever.

O diagnóstico
Segundo Lanhez. M. E Nico. M (2002), o diagnóstico é feito por exclusão de possibilidades e por isso, deve ser feito por uma equipe multidisciplinar, formada por psicólogo, fonoaudiólogo e médico. E quando necessário, se faz um encaminhamento para outros profissionais, como oftamologista, geneticista, etc.
O psicólogo faz uma entrevista com os pais da criança ou com a pessoa que vai ser avaliada. Quando o avaliado freqüenta escola, é encaminhado para o professor um questionário.
Logo, são feitos os testes que medem o nível de inteligência, para determinar as habilidades globais de aprendizagem da pessoa. São aplicados testes visuomotores, neuropsicológicos e de personalidade. Essas avaliações revelam possíveis comprometimentos na inteligência, indícios de lesões neurológicas ou conflitos emocionais. São aplicados também por parte do psicopedagogo testes de lateralidade, leitura e linguagem.
Segundo Lanhez. M. E Nico. M (2002), são pedidos ainda , teste oftalmológico e audiométrico.

O primeiro colegial- estudo de caso
Bauer .James (1997), escreveu um livro sobre sua experiência com a dislexia. Foi percebido que Bauer passou por uma dificuldade que se percebida, poderia ter sido amenizada. Ao chegar no primeiro colegial, com 14 anos de idade, já estava convencido que sua vida estava chegando ao fim, com poucas chances para si, apesar de sua boa vontade. Já desestimulado, freqüentava a escola, porque lhe era exigido por lei. Já adolescente, temia que lhe pedissem para ler ou escrever algo. Ao pegar um ônibus, foi encaminhado para um ginásio onde receberia junto aos colegas os horários que teriam que seguir pelo resto do ano.
Escolheu fazer um curso de oficina elétrica porque já havia trabalhado com seu pai e conhecia todos os tipos de equipamentos que via ao seu redor. Seu professor pediu para que antes de operar a máquina, seria útil ler o material. Foi nesse momento que se perdeu e pulava a maioria das palavras novas e desconhecidas. Seu professor de matemática também pediu que ele fizesse exercícios em suas páginas de caderno e que copiasse anotações do quadro negro. Somente sua professora de estudos sociais deu a matéria conversando. E segundo o seu relato: - “Eu estava entendendo tudo o que ela dizia e se a cada ano o curso fosse apresentado daquela maneira, eu teria aprendido melhor academicamente”.
A professora de educação física deu exercícios para copiar e o professor de ciências também. Segundo Bauer, sua energia na escola era gasta em se misturar com os outros estudantes e não ser descoberto com sua dificuldade de leitura.
O temido dia de Bauer chegou. Era o dia da avaliação. Alguns dias depois ao olhar o boletim, viu que recebeu D em todas as matérias, menos em ginástica. Ele ficou arrasado e queria fugir. Com o tempo, Bauer passou por alguns testes e começou a freqüentar o laboratório de leitura da escola, composto por mais 12 estudantes. Com os anos, foi descobrindo o seu potencial na leitura, foi se tornando uma pessoa mais feliz e realizada.

Considerações finais
É necessário saber em qual ponto esse estudante está na aprendizagem, para montar estratégias, para que ele alcance um melhor percurso e êxito em sua vida escolar. Não adianta fazer da descoberta, uma desculpa para uma possível falha comportamental.
Uma aprendizagem saudável pode até ir, além dos limites, de uma forma agradável, continuada, com rotina e disciplina. É importante um teste de aptidão textual, de inteligência e avaliação de leitura, uma anamnese profunda, que investigue toda a saúde orgânica do paciente. Como seria sua compreensão gramatical. É percebido se o paciente tem consciência fonológica do que está escrito e o que ele próprio lê.
A dislexia não se refere somente à dificuldade de leitura, a escrita e a soletração também são afetadas.
Uma pessoa, com dislexia pode apresentar problemas emocionais, devido à falta de tratamento psicológico diante do acontecimento. Para evitarmos um prejuízo acadêmico e frustrações, é necessário um diagnóstico, e um acompanhamento profissional. Além de orientação familiar e escolar, para que não se estabeleçam culpas e descrenças e sim, uma forma de compreender que a dislexia é uma dificuldade e não impossibilidade, se estabelecendo assim, quais as melhores formas de aprender.


Referências bibliográficas

BAUER, J.J. Dislexia: Ultrapassando as barreiras do preconceito. São Paulo. Casa do psicólogo, 1997.


LANHEZ, M.E e NICO. M.A. Nem sempre é o que parece: Como enfrentar a dislexia e os fracassos escolares. São Paulo: Alegro, 2002. 


MORAES, A.M.P. Distúrbios da aprendizagem: Uma abordagem psicopedagógica. São Paulo: EDICON, 1997.
NUNES. T e cols. Dificuldades na aprendizagem da leitura: Teoria e prática. 3.ed. São Paulo: Cortez, 2000
ALGUMAS SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA ALUNOS DISLEXOS.